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Hydroelectricity in Brazil

B4 | Economia | DOMINGO, 13 DE JANEIRO DE 2013 O ESTADO DE S. PAULO Erro 'oculto' reduz nível de reservatórios Simulações feitas por consultoria que assessora governo mostram que reservas de água deveriam estar 11% acima do registrado Renée Pereira NAS MÃOS DE SÃO PEDRO A forma acelerada como os re- servatórios das hidrelétricas caíram em 2010 e 2011 levan- • Apesar dos avanços, o sistema brasileiro está mais vulnerável as condições climáticas tou suspeitas sobre erros ocultos - no sistema elétrico Sistema Norte nacional. Simulações feitas pe- la PSR Consultoria, que tam- bémassessora ogoverno fede- ral, mostraram que os resulta- dos divergem dos números reais. Com base numa série de SISTEMA NACIONAL Porcentual de 5% COM 90% DA armazenamento CAPACIDADE DE do País ARMAZENAMENTO DO RR PAÍS, OS SISTEMAS SUDESTE/CENTRO-OESTE EM MW MÉDIOS/DIA E NORDESTE SOFREM COM A ESTIAGEM DESDE AP Produção* informações, que também são usadas pelo Operador Nacio- nal do Sistema Elétrico RIO NEGRO NOVEMBRO DO ANO 4.203 PASSADO Carga (CONSUMO + PERDAS) 3.971 (ONS), chegou-se à conclusão que os reservatórios deveriam estar 11% acima do nível atual. "Temalgum fatorque não está aparecendo. A operação na vida real é maior do que a calculada", explica o presidente da consulto- ria Mario Veiga. Ele diz não ter dúvida de que o modelo, usado em mais de 60 países, está corre- to. O que a empresa está tentan- do entender neste momento é o RrO AMAZONAS RIO SOLIMO Sistema Nordeste TUCURUÍ MA Porcentual de AM PA CE armazenamento 20% RIO JURUÁ do País RN RIO PURUS BOA ESPERANÇA EM MW MÉDIOS/DIA PB Produção* AC PI PE 10.421 Carga (CONSUMO + PERDAS) 9.639 porquê da defasagem dos núme- ros. "Estamos investigando as causas e nas próximas semanas deveremos ter um diagnóstico, que será entregue ao governo fe- deral." RO SOBRADINHO AL RO GUAPORE TO SE MT BA Sistema Sudeste/ Centro-Oeste A diferença pode serexplicada por uma série de fatores. Uma delas é adesatualização dos parâ- metros de algumas usinas, que teriam uma eficiência menor DF Porcentual de 70% GO QUANTIDADE DE ÁGUA armazenamento RIO JEQUITINHONHA do País EM MW MÉDIOS* IRAPÉ VOLUME DE ÁGUA QUE CAIU PREVISÃO INICIAL PARA JANEIRO ITUMBIARA que a prevista pelo operador. O consultor, que participou do gru- poresponsável poridentificaras causas do racionamento de 2001, lembra que a energia firme (a produção média das usinas) das hidrelétricas estava superes- timada em 5%. “As outras cau- SÃO SIMÃO EM MW MÉDIOS/DIA ÁGUA EMBORCAÇÃO TRÈS MARIAS RIO GRANDE Produção* VERMELHA NORTE 3.758 ILHA SQLTĖIRA MS MG 29.385 TRES TRMÃOS ES JUPIA MARIBONDO FURNAS Carga (CONSUMO + PERDAS) NORDESTE RIO PARANAÍBA PROMISSÃO SP 5.240 RIO PARAÍBA DO SU 40.434 CAPIVARA PORTO PRIMAVERA CHAVANTES BARRA SUDESTE/ RIO PARANAPANEMA RJ BONITA FUNIL 8.021 CENTRO-OESTE 49.963 JURUMIRIM PARAIBUNA sas, como questões climáticas, atraso de obras e a falta da linha de transmissão de Itaipu, não ex- plicavam sozinhas o raciona- mento." Sistema Sul SANTA BRANCA PR RIO IGUACU 3.684 Porcentual de 5% S. SANTIAGO G.P. SOUZA G. NEY BRAGA armazenamento MACHADINHO G. NEY BRAGA EMBORA EM É A REGIÃO MAIS SC do País ALGUMAS REGIÕES AS COMPROMETIDA 27.606 ERNESTINA BARRA GRANDE CHUVAS ESTEJAM ADEQUADAS PELA ESCASSEZ DE CHUVAS Comparação. Desta vez, a situa- ção não é muito diferente. A seca que atingiu várias regiões do País não está entre as piores da história e o País não cresceu tu- do que estava previsto. “Ficaria mais tranquilo se tivesse ocorri- douma mega seca, o que caracte- rizaria um problema conjuntu- ral. Mas estamos vendo que é um problema estrutural." Ele conta que outro fator pode justificar as diferenças são as perdas no sistema de transmis- são. “Em Itaipu, desde o apagão Sudeste/Centro-Oeste de 2009, adota-se o sistema de N-3, ou seja, com a possibilidade de cair até três linhas de uma vez. Alguns trechos podem ope- rarde forma mais apertada."Vei- ga também suspeita até das reti- radas de água do Rio São Francis- co para irrigação informal. "Pre- cisamos aprender com este sus- to e analisar as causas do proble- ma." Mario Veiga faz questão de destacar que de maneira alguma as críticas se referem à forma co- OU ACIMA D0 PREVISTO, O LOCAL ONDE ESTÃO AS PRINCIPAIS HIDRELÉTRICAS TEM EM MW MÉDIOS/DIA RS PASSO REAL Produção* SUL RIO JACUI 11.302 RECEBIDO UM VOLUME BAIXO DE 9.777 ÁGUA. AS CHUVAS PRECISAM CAIR NAS CABECEIRAS DOS Carga (CONSUMO + PERDAS) RIOS PARA ENCHER OS 11.313 RESERVATÓRIOS *Dados de 9/1 12.679 que O NÍVEL DOS RESERVATÓRIOS CURVA DE SEGURANÇA (ALTERADA PELO GOVERNO PARA O ANO DE 2013) Sul Norte Nordeste 100% 90% 80% 70% 60% 45,3** 50% 40,0** 40% 30% mo o sistema é operado. Apenas que há algum erro que não está sendo detectado. No mercado, no entanto, o programa usado pelo ONS operaro sistema elétrico brasilei- ro, chamado Newave, é bastante criticado. Um especialista, que atua em vários projetos de plane- jamento do setor mundo afora e que prefere não se identificar, diz que o programa está fora de realidade. Já foram solicitadas 29,9** 28,3** MUDANÇA DE LIMITE/NÍVEL 28%: Em 31/dez/2012 MUDANÇA DE LIMITE/NÍVEL 45%: Em 31/dez/2012 MUDANÇA DE LIMITE/NÍVEL Não há MUDANÇA DE LIMITE/NÍVEL 32%: Em 31/dez/2012 20% 10% 26%: Em 9/jan/2013 26,1%: Em 9/jan/2013 27%: Em 9/jan/2013 para JAN 2011 JAN 2012 JAN 2013 JAN 2011 JAN 2012 JAN 2013 JAN 2011 JAN 2012 JAN 2013 JAN 2011 JAN 2012 JAN 2013 **Em 2013, até dia 9/1 MODELO HIDRELÉTRICO APESAR DO Usinas com reservatório Até a década de 90, quase todas as hidrelétricas brasileiras eram construídas com reservatórios, Usinas a fio d'água Com o maior rigor dos órgãos ambientais e pressão de ambientalistas do mundo inteiro, as hidrelétricas passaram a ser construídas sem reservatórios e grandes alagamentos IMPACTO AMBIENTAL, A EXIGÊNCIA SE TORNOU O MODELO COM RESERVATÓRIO AJUDAVA UMA REGRA EM TODAS AS NOVAS USINAS, ESPECIAL- MENTE PORQUE A MAIORIA ESTÁ LOCALIZADA NA REGIÃO NORTE DO PAÍS, EM ÁREA DE FLORESTA AMAZÔNICA A REGULARIZAR O que alagavam grandes áreas SISTEMA NOS várias mudanças, mas há resis- tência por parte de alguns pou- cos integrantes do governo. O programa usado pelo ONS simula as condições dos reserva- tórios com base em duas mil sé- ries e ajuda a planejar a opera- ção. O Newave também faz par- te do processo que preço da energia no mercado à vista, semanalmente. PERÍODOS MAIS SECOS O ALAGAMENTO CAUSA MAIS IMPACTO NO MEIO AMBIENTE LOCAL NESSE MODELO O CURSO DO RIO É PRESERVADO determina o Dúvidas • MARIO VEIGA EM 2001, A CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DOS RESERVATÓRIOS ERA SUFICIENTE PARA ABASTECER PRESIDENTE DA PSR CONSULTORIA SEIS MESES DE ENERGIA DE TODO • "Tem algum fator que não está aparecendo. • A operação na vida real é maior do que a calculada." O SISTEMA. EM 2009, ESSE NÚMERO CAIU PARA 5 MESES PAÍS RECORRE MAIS A AJUDA DE TERMOELÉTRICAS A MATRIZ ENERGÉTICA "Estamos investigando as causas e nas próximas semanas deveremos ter um diagnóstico, que será entregue ao governo federal." 22,07% Termoelétricas 4,18% (2.004 MW) 6,79% (3.357 MW) BRASILEIRA MÉDIA DE 31/12 (11.391 MW) EM CAPACIDADE INSTALADA (MW) 31.244 2.007 Nuclear Hídríca 82.457 2.426 Outras 2010 2011 2012 FONTE: OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS) INFOGRÁFICO: EDMILSON SILVA, RUBENS PAIVA E CAROL CAVALEIRO/ESTADÃO RIO MADEIRA RIO ARABUAIA RIO TOCANTINS RIO PARANA RIO TIETË RIO PARNAÍBA RIO SÃO FRANCISCO

Hydroelectricity in Brazil

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Hydroeletrics are Brazil's biggest source of power. Howhever, this summer didn't rained as much as expected, causing blackouts in some states. Done with Rubens Paiva e Edmilson Silva.

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